À uns tempos atrás cruzava-me com Pedro Passos Coelho, em campanha eleitoral e com um bonito discurso que nos fazia acreditar que nos dias de hoje as coisas seriam diferentes, que a pobreza iria diminuir e não aumentar, o mesmo aconteceria com os impostos, e as oportunidades de trabalho seriam maiores. Em conversa com o atual Sr. Primeiro Ministro dizia-me que:
“precisamos de mudar
muita coisa em Portugal.
Primeiro, precisamos de tirar
Portugal da ajuda externa e
temos de ajudar quem mais
precisa, mas temos que
arregaçar as mangas e
trabalhar.”
Passou algum tempo, e o cenário agravou-se. A ajuda externa continua a ser necessária, as pessoas que mais precisam são as que mais têm perdido, e trabalhar é algo que muitos portugueses querem, mas torna-se pouco provável que as oportunidades surjam, uma vez que as taxas de desemprego atingem níveis nunca antes atingidos.
A posição de um Primeiro Ministro ou de um Presidente da República, num país cada vez mais afundado numa crise económica e social, pode não ser tarefa fácil, mas muito pior é a tarefa de um povo que quer e não pode, quer trabalho e não tem, quer dinheiro e não recebe, quer ajuda e ninguém pode.
A conversa do 'precisamos mudar' acompanha sempre os nossos políticos, a questão que se coloca é que definitivamente precisamos mudar o rumo do país, caso contrário a situação pode tornar-se crítica para muitos portugueses.
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